Funcionários e professores da Universidade de Caxias do Sul (UCS) estão assustados com a exigência de pagamento de mensalidades para os filhos matriculados na creche da instituição. A Fundação Universidade de Caxias do Sul (FUCS) anunciou a cobrança de R$ 1.080 por mês para cada aluno inscrito a partir de janeiro. Esse serviço sempre foi gratuito e era considerado um benefício.
O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Privado (Sintep) da Região da Serra convocou assembleia dos funcionários da UCS para esta quarta-feira, às 18h, no bloco F. O objetivo é definir uma contraproposta.
- Vai excluir praticamente todos os trabalhadores que hoje colocam seus filhos na creche. A mensalidade exigida a partir de janeiro é quase o salário de um funcionário, que muita vezes não chega a R$ 2 mil. O impacto social será muito grande - avalia o diretor de administração e assuntos intersindicais do Sintep, Ademar Sgarbossa.
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A Fucs justificou ao sindicato que o gasto anual com a creche, fundada há mais de 20 anos, chega a R$ 850 mil. Para evitar o fechamento, a instituição entende que é necessário cobrar o serviço dos funcionários e professores. O Sintep entende que o pagamento de mensalidade, porém, deve ser de acordo com a faixa salarial.
- A creche sempre foi vendida como um benefício aos funcionários com salários baixos. É uma das mantidas pelas Fundação a exemplo do Cetel, do Cetec, da UCS e do Hospital Geral. Com a crise lá fora e esse informação, bate o desespero nos trabalhadores. O que vão fazer? - questiona Sgarbossa.
A creche atende 61 crianças de 0 a 4 anos.
Por meio da assessoria de imprensa, a UCS informou que só se manifestará sobre o assunto na quarta-feira.
Polêmica
UCS passará a cobrar mensalidade de filhos de funcionários na creche da instituição
Fundação justificou que o gasto anual chega a R$ 850 mil
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