Ele já fez mais de 50 gols com a camisa do Juventude e se acostumou a comemorações com dancinhas. Sempre concentrado, sério e educado, neste domingo o centroavante Zulu finalmente entrou para o bando de doidos do Jaconi.
Com frieza de um rei, anotou o gol de empate com categoria. Oportunista, fez o da classificação. Doido, correu sem rumo em direção à torcida, fazendo o sinal com os dedos de enlouquecido.
- Não sabia que ia ser tão difícil como foi. A torcida nos demostrou a importância a dela. Logo depois do gol, ela gritou "eu acredito" e isso nos deu muito mais força. Eles acreditaram e nós acreditamos dentro de campo.
Para o capitão Rafael Pereira, o grito também virou combustível de ânimo, porque ele quase chegou a não acreditar, colocando as mãos na cabeça em ato de desespero:
- Quando a gente tomou o gol foi um balde de água fria. Como capitão, eu tentei não deixar o grupo desanimar. Falei com cada um dos jogadores e disse para acreditarem como a torcida.
Zulu acreditou mais do todos. Questionado sobre o que tinha sido mais difícil, o camisa 9 ficou com o pênalti aos 42 minutos do segundo tempo:
- O pênalti foi mais difícil, porque se eu errasse não tinha mais como recuperar, era uma responsabilidade única. No outro gol, acompanhei todo o lance e achei só um espacinho. Foi onde a bola entrou. Sorte que o zagueiro não alcançou.
Euforia absoluta
Zulu comanda a festa no Alfredo Jaconi após marcar gols decisivos para a classificação
Centroavante fez aos 42 e 47, garantindo o Juventude nas quartas de final
Adão Júnior
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