A economia caxiense registrou aumento de 2,2% em agosto, no comparativo com julho deste ano. O incremento ocorre após uma sequência de saldo negativo de -6,1 em junho (contra maio) e de crescimento inferior a 1% em julho, de 0,9%. Os resultados foram divulgados na Câmara de Indústria, Comércio e Serviços (CIC) nesta segunda-feira (2).
Entre os três principais setores, comércio teve o aumento mais expressivo, de 8,2%, em razão das vendas do Dia dos Pais. O saldo representa o melhor no comparativo mês a mês do setor, que no acumulado do ano já registra incremento de 11%.
Serviços também apresentou saldo positivo de 6,1%. Já a indústria sofreu decréscimo de -1,9%, sendo o segundo saldo negativo do setor nos últimos três meses (em junho registrou queda de 4,4% em comparação ao mês anterior).
— Além do Dia dos Pais que impulsionou o comércio no mês, temos já os preparativos da agricultura para os períodos de safra. Por isso, tivemos aumento na ve venda de implementos agrícolas e produtos químicos. O saldo geral do setor nos anima, mas não nos tira a preocupação. Nós julgamos que o cenário atual (da economia geral) ainda não está totalmente sob controle — destaca o assessor de Economia e Estatística da Câmara de Dirigentes Lojistas de Caxias do Sul (CDL), Mosár Leandro Ness.
Implementos agrícolas tiveram aumento de 26% no mês de agosto e junto com informática e telefonia (com aumento de 19,28%) destoaram positivamente no desempenho de vendas no ramo duro.
Já o volume de comercialização de produtos químicos se sobressaiu no ramo duro, registrando incremento de 42,7% no comparativo.
— Temos que destacar osegmento automotivo que teve crescimento no mês e tem aumento de 45% no acumulado do ano. Tornou-se um dos setores que mais tem nos sustentado — complementa.
No comparativo com agosto de 2018, serviços e comércio também registram aumento de 16% e 5,5%, respectivamente. Por outro lado, a indústria também teve desempenho inferior ao mesmo mês do ano passado, com decréscimo de 3,3%.
Economistas negam preocupação com a indústria
Além de registrar índices negativos no comparativo de agosto com julho, ou mesmo entre agosto de 2019 com o mesmo mês de 2018, no acumulado de 12 meses, a indústria apresenta desaceleração.
Ao longo de 2019, até o momento, apenas o mês de fevereiro teve crescimento significativo, de 13,6%.
Apesar do cenário oscilante e moderado, a queda do setor não preocupa a maior parte da Diretoria de Economia, Finanças e Estatística da CIC.
— 2016 foi quando a indústria chegou ao fundo do poço desta crise, a partir de então começou trajetória de recuperação. O pico ocorreu no começo de 2018 e aí se estabilizou. Mas se estabilizou num nível muito alto. O que aconteceu foi que mês após mês, a base de comparação foi aumentando. Naturalmente, os índices tendem a encolher. Mas se formos comparar com 2016, o número é extremamente elevado — avalia Astor Schmitt, diretor da CIC.
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