Frei Jaime Bettega: tomara que surja o movimento de volta à simplicidade da vida

Bom Dia!

Amanhece um novo dia e uma nova semana... Segundo dia do mês de maio... Que o ânimo e o vigor acompanhem as horas deste dia! Vamos lá! A semana promete!

"Uns sentem a chuva; outros apenas se molham." (Bob Dylan).

A experiência de caminhar na chuva é inesquecível. Eram outros tempos. A pneumonia não andava com a gente, na tiracolo. Um banho de chuva simplesmente lavava a alma. Toda água molha, mas aquela chuvarada nas costas parecia ter cheiro e gosto de liberdade, de leveza, de alegria.

Evidente que chuva não pode ser em excesso. Mas é um fenômeno impressionante olhar a chuva que cai. Uma imagem que nos transporta no tempo e nos enche de nostalgia. Anda-se com tanta pressa que poucos conseguem sentir a chuva, sentir a brisa, sentir os raios de sol, o clarão do luar.

Muitos têm perdido a oportunidade de sentir as coisas mais simples, que são as mais tocantes. Seria até oportuno reprogramar nosso ritmo e abrir um espaço para que a vida seja sentida e amada. Afinal, há muito a ser feito, sim. Mas isso não significa que deva ficar em segundo plano aquilo que toca, que empolga, enobrece, deixa marcas. Mundo a fora, cada pouco surge algum movimento. Tomara que surja o movimento de volta à simplicidade da vida.

A sofisticação tem afastado o humano da sua própria humanidade. A chuva, por vezes, nos pega desprevenidos. Tem chuva que faz estragos. Apesar de tudo isso, sentir a chuva é uma oportunidade ímpar de viver as amenidades que imprimem leveza e sensibilidade. O modo de viver é uma escolha bem pessoal. O volume dos compromissos não impede que a vida seja sentida profundamente. É simplesmente maravilhoso viver mais pausadamente, intercalando as obrigações com as emoções.

Bênçãos! Paz e Bem! Santa Alegria! Abraços!