Uma das estrelas do longa O Matador, que abriu a competição de longas brasileiros na noite de sexta, Thaila Ayala, 31 anos, participou da coletiva no sábado de manhã. A coluna fez três perguntinhas a ela. Confira:
Cinco musas inspiradoras do cinema:
Maryl Streep, of course... Nossa, tem tantas, Marieta Severo, Andréa Beltrão. Eu que estou tentando entrar no mercado como latina, tenho de dizer que amo Penelope (Cruz) e... Cate Blanchet.
Você está prestes a entrar no mercado internacional com o filme "Pica-Pau", é um sonho conquistar Hollywood?
Nunca foi um sonho porque eu talvez nunca tenha achado que fosse possível. Eu saí lá de Presidente Prudente, eu não tenho ninguém na família envolvido na cultura, vim de uma família muito pobre. Eu escapei de lá com a possibilidade de ser modelo, mas quando tive a oportunidade de pagar a minha escola, comecei a fazer escola de teatro. Fui para fora porque tinha me divorciado e recebi um primeiro convite para fazer uma participação. Quando eu estava lá, peguei um manager e o primeiro teste que fiz foi Pica-Pau, que peguei. Está supernovo, nunca foi um sonho, mas estou superaberta a experimentar.
Existe preconceito por você ser uma atriz com origem no mundo da moda?
Não só por ter vindo do mundo da moda, mas pela beleza também. Sinceramente, quando me chamaram para fazer essa mulher (a nordestina submissa Renata, que interpreta em O Matador), pensei que f*. Eu já neguei alguns trabalhos, porque eu ia fazer de novo a patricinha riquinha histérica ou a blogueira... Eu acredito no meu trabalho, eu não paro de estudar um segundo, faço duas escolas de acting em Los Angeles. Mas, realmente, vim da moda e sou bonita, sempre me chamavam para fazer a mesma coisa e pensei "se eu não mudar isso, não vão mudar por mim". Então comecei a aceitar projetos por razões como a grana vai mudar a vida, que é muito raro; ou é um desafio artisticamente falando; ou vai abrir outras portas. Meu foco sempre foi o cinema... Uma vez ganhei da minha vó uma conta na locadora e eu assisti a absolutamente todos os filmes de lá, tudo bem que era uma locadora pequena de Presidente Epitácio (SP). Eu sempre sonhei em fazer cinema. Faz alguns anos que resolvi focar, tive convite para novela, arrisquei falar não, e agora tenho cinco filmes para estrear.