
A vida em sociedade é uma das facetas cultivada por Eunelba Fogaça Machado da Silveira com muito empenho. Afinal de contas, ela esteve por dez anos à frente da diretoria do Recreio Guarany. O Clube não existe mais, mas a memória desse período é para lá de especial.
– São muitas lembranças. Aprendi muito com minha amiga Jacira Aquino, que na época assessorava o setor de relações públicas da agremiação. Nos doamos com afinco para o Clube e isso foi muito gratificante – afirma.
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Esse convívio social trouxe muitos aprendizados e a certeza de uma experiência positiva.
– Sempre é bom aprender. Cada evento exigia atenção de muitos meses. Visitávamos as debutantes para prepararmos com alegria o dia do baile. Realizamos grandes eventos. O Recreio Guarany foi um ambiente de trabalho e de muitos laços afetivos. Alguns guardo até hoje – relembra com carinho.
Essa dedicação agora é focada à família. Filha de Euclides dos Santos Fogaça e Celia Monteiro de Guimarães Fogaça (in memoriam), casada com o empresário Nelson Machado da Silveira, mãe de Marcelo, Karen, Karla e Kenia, e avó de Leonardo, Carolina, Catarina, Julia e Lívia, nossa entrevistada diz que o acolhimento da família é primordial.
– Com a pandemia estamos um pouco afastados, mas minha casa é a casa da vovó. Minha família é minha maior felicidade – diz com os olhos brilhando.
Nos últimos tempos Eunelba também resolveu realizar um desejo antigo de aprender a tocar piano. Está toda feliz nas aulas com a maestrina Ivete De Carli.
– Depois de anos, tive esta ousadia. Música é vida para mim. Nunca devemos desistir de nossos sonhos. Eles nos dão esperança – diz ela, revelando-se também muito eclética nas escolhas musicais: – Sou natural de São Francisco de Paula, cresci ouvindo música gaúcha. Mas também gosto de Roberto Carlos, Beatles e rock como o do Jota Quest.
Além da paixão pela música, ela também cultiva outros prazeres.
– Gosto muito de dançar e também sou muito de viajar com boas companhias – diz ela, enumerando lugares como a Jamaica, Portugal e Bahamas como momentos especiais dos périplos pelo mundo.
No trânsito entre a vida social e o convívio com os filhos e netos, Eunelba faz valer os aprendizados dos seus 69 anos.
– Meus pais me ensinaram valores importantes como ser uma pessoa simples, honesta, mas firme. Nunca vou ferir meu coração para contentar o outro. Me considero uma pessoa franca e verdadeira – diz.
Tudo isso resulta na maturidade de uma trajetória significativa para a vida social caxiense. Coisa que Eunelba personifica de forma ímpar.
– O grande barato da vida é viver o hoje sendo autêntico. O ontem já foi, o amanhã não se sabe o que vai ser. Tenho admiração pelo meu marido, que é um homem determinado, honesto e amoroso com a família. Amo meus sete irmãos e a estrutura familiar que formamos com mais de 70 pessoas. Temos que nos amar para poder abraçar ao redor – ensina ela.
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