Por Paulo Geremia, empresário e presidente do Sindha – Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região
É inegável que a atualização do Simples é mais do que uma necessidade, principalmente levando em conta o momento que estamos vivendo, com as queimadas no centro do país e as enchentes que assolaram o nosso Estado. Ela amenizaria parte dos prejuízos da cadeia econômica representada pelos optantes. Com a atualização, calcula-se a inclusão de 650 mil postos de trabalho, principalmente concentrados na escolaridade “Ensino Médio completo”, atingindo ampla faixa etária, sobretudo a do primeiro emprego – o que significa um incremento de até 6% nos empregos formais nas empresas optantes pelo Simples.
Essa possibilidade fará gerar recursos de mais de R$ 31 bilhões traduzidos em salários e impulsionará os reinvestimentos em R$ 24 bilhões, com geração de impostos em torno de R$ 17 bilhões
Essa possibilidade fará gerar recursos de mais de R$ 31 bilhões traduzidos em salários e impulsionará os reinvestimentos em R$ 24 bilhões, com geração de impostos em torno de R$ 17 bilhões. Ou seja, todos ganham nessa roda econômica virtuosa.
O Sindha — Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região observa que já se tem conhecimento de que a tabela do Simples está defasada em 75% desde a última atualização, ocorrida há seis anos, em 2018. E há necessidade de ser pautada neste momento uma revisão com urgência, dentro das discussões da reforma tributária.
Dentro desse cenário, são mais de 50 entidades do comércio e de serviços em mobilização nacional para que haja esta atualização, considerando que o nome Simples já traz na essência que é um descomplicador na operação de pequenas empresas, reservando o foco para a administração do negócio em si.
Sabemos da preocupação de nossos governantes com a ampliação de empregos, que impacta o desenvolvimento e os resultados em todas as áreas, incluindo a social, através do bem-estar dos indivíduos, e com certeza é uma ação necessária para a base da pirâmide econômica e sua sobrevivência. Essa questão, que já está em pauta, deve ser avaliada com todo o cuidado e atenção, dentro das discussões sobre a reforma tributária no Congresso Nacional.