Nos últimos dias, uma novidade surgiu no extremo oeste da Redação de Zero Hora, na sala onde alguns românticos costumam ir para ver o céu pintado de vermelho nos dias mais lindos de pôr do sol. Raquel Saliba, uma talentosa jovem de apenas 27 anos, mas já mestre em Mídias e Processos Audiovisuais, foi promovida a editora do time de vídeos de ZH.
A área não existia até pouco tempo atrás, muito menos o cargo de editor da equipe. Aos poucos, fomos criando esses novos cargos na Redação (a equipe tem sete pessoas), estabelecendo uma sala para o time e, agora, Raquel se torna a primeira editora de uma área antes inexistente.
O perfil dessas pessoas é novidade no jornal e no mercado, já que antes não tínhamos na Redação especialistas em produção, captação, criação de roteiro e edição de imagens em movimento.
Jornais não faziam vídeos, obviamente, quando publicavam seus conteúdos somente no impresso. Agora, quando ZH está em aplicativos, mobile site, Facebook, Twitter, WhatsAPP, Snapchat, Instagram, website, vídeo se tornou obrigatório. Zero Hora embarcou nessa com tudo: hoje fazemos mais de 400 vídeos por mês, com uma audiência de 2 milhões de visualizações a cada 30 dias.
Eu adoro ver uma menina como Raquel, que entrou na Redação de ZH como estudante ainda, assistente de conteúdo, chegar a editora. Ainda mais numa área nova. Vocês não a conhecem, mas ela é daquelas gurias de quem a gente se orgulha. Está sempre entusiasmada, tem paixão pelo que faz e, claro, manja muito de audiovisual. Ela é muito novinha? É! Mas é assim que a Redação se renova, dá oportunidades aos competentes jovens que estão chegando, estimula a criatividade e todo o potencial do time. E essa renovação e criação de novas equipes, à medida que a comunicação avança, é um dos segredos de uma boa Redação.
– Eu acredito no jornalismo e na união dele com a tecnologia. E vejo, hoje, o nosso leitor mais como usuário digital, pois ele está muito presente no ambiente online e interage cada vez mais com o nosso conteúdo. Esse momento de transformações que estamos vivendo é incrível para trabalhar com imagem – diz Raquel.
– O meu objetivo é produzir, cada vez mais,pautas pensadas a partir da imagem, como é o caso de "A vida que eu vejo", uma série de reportagens com vídeos gravados em perspectiva de primeira pessoa, contando o ponto de vista de seis profissionais que realizam atividades desafiadoras ou incomuns. Ela foi construída em cima das imagens captadas pelos personagens utilizando uma câmera GoPro e editada com outras imagens produzidas pelo fotógrafo e entrevistas feitas pelo repórter. Um casamento perfeito do jornalismo com o uso da tecnologia para contar histórias de uma forma espetacularmente interessante – complementa.
Além do engajamento do público, temos recebido reconhecimento externo. A reportagem "A vida que eu vejo", para alegria da Raquel e de sua equipe, é finalista do prêmio internacional Latin America Digital Mídia, da Associação Mundial de Jornais (WAN-Ifra).