A Justiça negou o pedido de reintegração de posse do Centro Administrativo Fernando Ferrari (CAFF). O prédio está ocupado desde o início da noite de segunda-feira (13) por um grupo de professores estaduais, que estão em greve há 31 dias. A Procuradoria Geral do Estado (PGE) ingressou com ação na justiça no fim da manhã desta terça, pedindo a liberação do prédio.
Na decisão, a juíza Andréia Terre do Amaral, da 3ª Vara da Fazenda Pública de Porto Alegre, determinou uma audiência de conciliação nesta quarta-feira (15), entre o governo e o Cpers/Sindicato.
Impacto da ocupação
Segundo o governo do Estado, nesta terça-feira, 3 mil servidores públicos estaduais deixaram de trabalhar em função da ocupação. A Secretaria Estadual da Saúde atrasou um repasse de R$ 100 milhões que seria feito a hospitais e municípios.
Impasse governo x professores
O governo do Estado diz que não vai negociar com os grevistas enquanto o Centro Administrativo não for liberado. Já o Cpers Sindicato promete manter a ocupação enquanto o governo não apresentar uma proposta para a categoria.
Os professores pedem uma resposta á pauta prioritária, que não representaria ônus aos cofres públicos: eles querem a retirada do projeto de lei 44/2016, que permite a entrada de empresas privadas no ambiente escolar, o fim do reenquadramento do difícil acesso e a discussão da questão do pagamento da hora-atividade.
O Cpers propôs ao governo que a discussão do reajuste salarial ocorra após a renegociação da dívida do Estado com a União.