
O delegado Marcelo Mendes Lech pediu ao Instituto-Geral de Perícias que seja realizada perícia grafotécnica na carta deixada pela mãe do menino Bernardo Uglione antes de morrer. Odilaine Uglione foi encontrada morta em 2010, com um tiro na cabeça, dentro da clínica do então marido, o médico Leandro Boldrini.
A análise do documento foi solicitada, porque reportagem do programa Fantástico, em março deste ano, divulgou o resultado de uma perícia particular contratada pela mãe de Odilaine. Conforme essa perícia, a carta não foi escrita por Odilaine, mas sim por uma então funcionária do médico.
O delegado considera fundamental o resultado da perícia para a sequência da investigação. Marcelo lemos Lech afirma ainda que diversas pessoas foram ouvidas desde a reabertura do inquérito.
"São pessoas que já foram ouvidas na primeira investigação realizada. Em especial familiares de Odilaine e pessoas próximas ao relacionamento", destaca o delegado.
O médico Leandro Boldrini e a funcionária dele que estavam no momento do disparo que matou Odilaine Uglione ainda não foram ouvidos, mas serão. Outra diligência que será solicitada pelo delegado na sequência da investigação será a reconstituição do crime.
A Justiça já autorizou a prorrogação do inquérito por mais 30 dias, mas o delegado não descarta pedir nova prorrogação, se necessário. O delegado afirma que apesar das diversas diligências, ainda não é possível indicar se houve ou não suicídio, como concluiu sua colega Caroline Bamberg Machado.
O inquérito que apura a morte da mãe do menino Bernardo foi reaberto em 21 de maio de 2015 a pedido do Ministério Público. A Polícia Civil decidiu destacar um delegado de fora de Três Passos para investigar esse caso.
Esse pedido havia sido feito ao juiz pelo advogado da mãe de Odilaine, Jussara Uglione. O delegado Marcelo Mendes Lech, que conduz essa investigação, é titular da 2ª Delegacia de Santa Maria.