A morte do candidato à presidência da República, Eduardo Campos, repercutiu entre os outros postulantes ao cargo. Em seus pronunciamentos, os presidenciáveis lamentaram o fato, prestaram sua solidariedade às famílias das pessoas mortas e cancelaram suas agendas oficiais.
Aécio Neves, candidato do PSDB, emitiu, por meio de sua assessoria, um comunicado nas redes sociais lamentando a morte de Campos e cancelando sua agenda oficial, que incluía uma visita ao estado de Pernambuco.
"O candidato da Coligação Muda Brasil à Presidência da República, Aécio Neves, cancelou a agenda e suspendeu a campanha eleitoral, em pesar pelo falecimento do candidato do PSB, Eduardo Campos", dizia a mensagem.
Eduardo Jorge, do PV, emitiu nota sobre o acidente. "A campanha presidencial do PV está suspensa para os próximos dias. Esta perda é muito triste para o país. Eduardo Campos era uma liderança muito jovem e muito importante para o Brasil. Toda minha solidariedade à família", disse o comunicado.
Luciana Genro, candidata do PSOL também prestou sua homenagem. "Confirmação da morte de Eduardo Campos é uma tragédia terrível! Minha solidariedade a família e amigos. Esta eleição se transformou em luto". Em entrevista à Rádio Gaúcha, Luciana Genro disse que recebeu a notícia com grande aperto no peito.
"Não há diferenças políticas que se coloquem acima dessa dor que todos nós estamos sentindo", diz candidata à Presidência pelo PSOL.
O Blog do Planalto, divulgou nota da presidente Dilma Rousseff. "O Brasil inteiro está de luto. Perdemos hoje um grande brasileiro, Eduardo Campos. Perdemos um grande companheiro. "Neto de Miguel Arraes, exemplo de democrata para a minha geração, Eduardo foi uma grande liderança política. Desde jovem, lutou o bom combate da política, como deputado federal, ministro e governador de Pernambuco, por duas vezes".
Zé Maria, se pronunciou em seu Facebook deixando claro suas diferenças de pensamento mas lamentando o ocorrido. "Como é sabido, o PSTU não tinha identidade política nem de classe com o ex-governador. Não apoiamos seu governo em Pernambuco nem a alternativa que representava nas eleições deste ano. (...) Queremos registrar que, evidentemente, lamentamos o acidente e o drama humano que causou e enviamos nosso pesar aos familiares, dele e dos demais ocupantes do avião acidentado".
José Maria Eymael, também se utilizou do Twitter para o comunicado. "A família Democrata Cristã Brasileira, une-se ao povo neste momento de profundo pesar e externa seus sentimentos à família Arraes e aos que conviveram mais diretamente com o Governador de Pernambuco".
O candidato Pastor Everaldo se disse próximo a Campos. "É com muita dor que perdi um amigo. Eduardo Campos era, além de tudo, uma pessoa de bem, um pai de família, um cidadão brasileiro que teria muito a contribuir com a democracia brasileira neste momento", dizia seu comunicado no Facebook.
Levy Fidelix, Mauro Iasi e Rui Costa Pimenta ainda não se pronunciaram.
Morte de Campos
O candidato à presidência da República Eduardo Campos, 49 anos, morreu em acidente aéreo na manhã desta quarta-feira (13), em Santos, no litoral de São Paulo. O jato particular onde o político estava caiu sobre uma área residencial e atingiu três casas. Outras seis pessoas morreram na tragédia.
De acordo com a Aeronáutica, a aeronave era um Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, que havia decolado do Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino ao Aeroporto de Guarujá (SP). Quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com o jato.
Nascido em Recife, em 10 de agosto de 1965, Eduardo Henrique Accioly Campos era economista. Em sua trajetória, foi secretário estadual, deputado federal, ministro da Ciência e Tecnologia e governador de Pernambuco por dois mandatos. Em abril deste ano, renunciou ao cargo para concorrer à Presidência, um ano após o seu partido, o PSB, romper com o governo Dilma.
Eduardo Campos era candidato pela coligação Unidos Pelo Brasil, que congregava seis partidos, tendo como vice a ex-senadora Marina Silva. Nas pesquisas, aparecia em terceiro lugar na disputa pelo Palácio do Planalto.
Campos era casado com a economista e auditora do Tribunal de Contas do Estado Renata Campos, com quem teve quatro filhos.