Três de agosto de 2014 é a data limite para que os lixões a céu aberto sejam extintos no Brasil. A data foi definida no artigo 54 da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), regulamentada no final de 2010. Mas faltando pouco mais de um ano para o limite, 40% dos municípios não têm, por exemplo, coleta seletiva. Nesses locais, 2.239 cidades, o lixo seco e o orgânico vão para o mesmo lugar.
Em todo o Brasil, são 1.579 lixões. Só no ano passado, 24 milhões de toneladas de lixo foram destinados de maneira incorreta. Os dados são de um estudo feito pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) divulgado nesta semana. E como essas cidades estão tratando seu lixo e pensando no futuro? Para o diretor-executivo da Abrelpe, Carlos Silva Filho, mesmo nas grandes cidades, o problema do lixo não é pensado a longo prazo.
- O que a gente percebe é que, mesmo nessas grandes cidades, o lixo não é tratado como uma política a longo prazo. A maioria dos gestores tenta resolver problemas pontuais, fazendo uma espécie de "puxadinho" e não resolvem o real problema. A gestão de resíduos sólidos precisa ser pensada de forma coerente e contínua.
No Rio Grande do Sul, estado apontado pela pesquisa como um dos melhores em recolhimento e destinação de resíduos, ainda há 23 lixões em funcionamento. Segundo levantamento da Federação das Associações dos Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), apenas 29% dos municípios finalizaram o Plano Nacional de Resíduos Sólidos
Gaúcha
Como as grandes cidades estão tratando o próprio lixo?
Faltando um ano para o fim dos lixões, 40% dos municípios brasileiros ainda não têm coleta seletiva
Évelin Argenta
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