As eleições presidenciais e legislativas foram concluídas neste domingo em El Salvador com o presidente, Nayib Bukele, como favorito à reeleição.
O Tribunal Supremo Eleitoral encerrou a votação às 17h locais, após uma jornada em que 6,2 milhões de eleitores foram convocados a comparecer às urnas.
Em entrevista coletiva concedida após votar, Bukele pediu aos salvadorenhos que apoiassem com seu voto a continuidade do estado de exceção, para preservar as conquistas "da guerra" contra os grupos criminosos.
"É importante que votemos, para garantir que tenhamos uma Assembleia Legislativa que possa continuar aprovando o regime de exceção", pediu o presidente, a poucos minutos do fim da votação.
Bukele rejeitou as críticas de organizações de direitos humanos ao regime de exceção (em vigor desde março de 2022), que apontam como "erro" a prisão de milhares de inocentes.
O presidente afirmou que todas as polícias do mundo prendem inocentes, e defendeu a taxa de encarceramento de El Salvador, a mais alta do mundo, alegando que o país era "a capital mundial dos homicídios".
"O que está por vir para El Salvador é um período de prosperidade, porque não há mais impedimento para abrir um negócio, estudar, trabalhar. Já não há mais impedimento para o turismo", acrescentou Bukele.
Diante das acusações de que instalou no país uma ditadura, o presidente negou que atente contra a democracia: "Não estamos substituindo a democracia, porque El Salvador nunca teve democracia. Pela primeira vez na História, El Salvador tem uma democracia, e não sou eu que digo isso, e sim o povo."
* AFP