A poluição atmosférica com partículas finas causou a morte de 253 mil pessoas na União Europeia (UE) em 2021, segundo um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente (AEMA) publicado nesta sexta-feira (24).
"Pelo menos 253 mil mortes na UE em 2021 devem-se à exposição à poluição por partículas finas (PM2,5) superior à concentração de 5 µg/m3 recomendada pela Organização Mundial da Saúde (OMS)", indica a AEMA no seu comunicado.
Este número é maior que o de 2020, quando partículas finas - que penetram profundamente nos pulmões - causaram a morte prematura de 238 mil pessoas.
Segundo a AEMA, o aumento deve-se a uma maior exposição a poluentes e a um pequeno aumento da mortalidade europeia, principalmente devido à covid-19.
Entre 2005 e 2021, o número de mortes prematuras por partículas finas havia diminuído 41%, segundo o relatório.
Apesar dos "grandes progressos" alcançados nos últimos anos, "o impacto da poluição atmosférica na nossa saúde continua muito alto", sublinhou a diretora executiva da AEMA, Leena Yla Mononen, citada no comunicado.
Por categoria de poluentes, a mortalidade atribuível às PM2,5 registra um "leve aumento" em comparação com 2020.
Ao mesmo tempo, cerca de 52 mil mortes prematuras são atribuíveis à exposição ao dióxido de nitrogênio (NO2), um gás produzido principalmente por veículos e centrais térmicas, refletindo um "leve aumento" em relação a 2020, segundo a mesma fonte.
As partículas de ozônio (O3), provenientes do trânsito e das atividades industriais, são responsáveis por 22 mil mortes prematuras, um número em "leve diminuição" em relação a 2020.
A poluição atmosférica continua sendo a maior ameaça ambiental para a saúde dos europeus, destaca o relatório.
* AFP