Dez civis e três soldados morreram, enquanto 88 jihadistas foram "neutralizados" em vários incidentes registrados neste sábado (22) no Mali, informou o governo, que classificou a onda de violência como um "ressurgimento" de "incidentes terroristas".
Na manhã de sábado, supostos jihadistas atacaram o aeroporto de Sevare na região central de Mopti, onde detonaram carros-bomba que deixaram 10 civis mortos e 61 feridos, segundo um comunicado do governo.
O texto acrescentou que "graças à lendária determinação de nossas valentes forças armadas (...) os atacantes foram derrotados e 28 terroristas foram neutralizados".
Um funcionário local disse anteriormente à AFP que soldados senegaleses da missão de paz da ONU no Mali (Minusma) participaram dos combates.
Em incidentes separados neste sábado, o exército de Mali "destruiu um santuário terrorista em Mourdiah e neutralizou cerca de 60 terroristas em Boni", indicou o governo.
Enquanto isso, "uma missão de abastecimento das forças armadas de Mali foi emboscada a 10 km de Mourdiah na estrada para Nara", disse a governança de Nara em nota.
No mesmo dia, um helicóptero da força aérea caiu em um bairro residencial da capital Bamako, onde três militares morreram e seis civis ficaram feridos.
A violência ocorre um dia depois de Mali celebrar a festa do Aíd al Fitr, que marca o final do mês sagrado do Ramadã.
"Durante vários dias houve um ressurgimento de pérfidos incidentes terroristas", declarou em um comunicado o governo, que o atribuiu a um "plano diabólico" para aniquilar as autoridades de transição do país africano.
Mali é governado desde agosto de 2020 por uma junta militar que rompeu seus vínculos com seus aliados ocidentais e se aproximou política e militarmente da Rússia.
* AFP