O Catar condenou neste domingo (18) a investigação contra a corrupção lançada pela Bélgica e a suspensão do seu acesso ao Parlamento Europeu, afirmando que podem afetar "negativamente" as suas relações e o abastecimento de gás natural.
Um comunicado emitido por um diplomata do Catar criticou as autoridades belgas, dizendo que foram usadas informações "imprecisas".
Seis pessoas, incluindo a influente eurodeputada Eva Kaili, foram presas no processo depois que sacos de dinheiro foram descobertos em uma operação.
O dinheiro estaria supostamente ligado a este Estado do Golfo e o Parlamento Europeu suspendeu na semana passada o acesso do Catar à instituição.
A decisão de impor "esse tipo de restrições discriminatórias" antes do final da investigação "afetará negativamente a cooperação regional e global em segurança e as discussões em andamento sobre pobreza energética e segurança global", disse o diplomata.
"Rejeitamos veementemente essas alegações que ligam nosso país à má conduta", disse o funcionário, acrescentando que o Catar não é a única parte citada na investigação.
"Esta semana observamos uma alarmante condenação seletiva de nosso país", disse o diplomata.
Promotores belgas disseram que estavam investigando o suposto esquema de corrupção no Parlamento Europeu por mais de um ano antes das buscas e prisões nos últimos dias.
"É profundamente decepcionante que o governo belga não tenha feito nenhum esforço para entrar em contato com nosso governo para esclarecer os fatos assim que tomou conhecimento das acusações", disse o emissário do Catar.
* AFP
