A Rússia condenou, nesta quinta-feira (28), "atos terroristas" após os incidentes na região separatista moldava da Transnístria, abalada esta semana por uma série de explosões e disparos contra um povoado onde há um depósito de munições russo.
— Estamos alarmados com a escalada das tensões na região — afirmou a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Maria Zakharova, durante uma entrevista coletiva, acrescentando que Moscou "considera estes acontecimentos como atos terroristas destinados a desestabilizar a situação".
— A Rússia condena com firmeza as tentativas de envolver a Transnístria nos acontecimentos na Ucrânia — disse Zakharova, que fez um apelo a Tiraspol (a capital do território separatista) e a Chisinau para "uma busca construtiva de soluções".
Esta semana, vários incidentes abalaram a Transnístria, uma região apoiada por Moscou que se separou da Moldávia em 1992, após uma breve guerra. Desde então, cerca de 1,5 mil soldados russos se encontram estacionados ali para garantir a segurança.
Na segunda-feira (25), um prédio público em Tiraspol foi atacado com lança-foguetes, e uma rádio foi danificada por duas explosões no dia seguinte. Na quarta (27), um povoado na fronteira com a Ucrânia, onde há um importante depósito de munições do Exército russo, foi alvo de disparos, segundo autoridades locais da Transnístria.