O presidente da Ucrânia, Volodimir Zelensky, conversou nesta segunda-feira (21) com o homólogo norte-americano, Joe Biden, sobre os recentes acontecimentos envolvendo as tensões do país junto à Rússia.
Em seu Twitter, o ucraniano anunciou que ainda iria conversar com o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, sobre o tema. Além disso, uma reunião do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniano foi iniciada, de acordo com o presidente.
Mais cedo, Zelensky, conversou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, e o homólogo francês, Emmanuel Macron sobre os recentes desdobramentos.
O ucraniano disse que teve os contatos "urgentes" após as "declarações feitas na reunião do Conselho de Segurança da Federação Russa".
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, reconheceu as regiões de Donetsk e Luhansk como independentes da Ucrânia. Histórica, a ação de Moscou faz parte da escalada das tensões entre os dois países por conta da tentativa ucraniana de se juntar à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Nações Unidas
A Ucrânia pediu uma reunião "imediata" do Conselho de Segurança da ONU diante da ameaça de uma invasão russa.
"A pedido do presidente Volodimir Zelenski, solicito oficialmente consultas imediatas com os membros do Conselho de Segurança da ONU em nome do artigo 6 do Memorando de Budapeste", disse no Twitter o ministro das Relações Exteriores ucraniano Dmytro Kuleba.
O Memorando de Budapeste é um acordo assinado pela Rússia em 1994 que garante a integridade e a segurança de três ex-repúblicas soviéticas, entre elas a Ucrânia, em troca de renunciar às armas nucleares herdadas da antiga União Soviética.
Pronunciamento no TV
Mais tarde, Zelensky fez um pronunciamento ao país relativo à recente crise envolvendo a Rússia.
— Não vamos dar nada a ninguém. Estamos na nossa própria terra afirmou o líder. Não temos medo de ninguém nem de nada e a verdade está do nosso lado — disse.
De acordo com o presidente, o objetivo é a paz na Ucrânia.