A polícia da Nova Zelândia descartou nesta sexta-feira (18) a possibilidade de desalojar pela força os manifestantes contrários à vacinação anticovid acampados nos arredores do Parlamento em Wellington, alegando que não deseja provocar cenas violentas na capital.
As autoridades adotaram uma atitude de paciência a respeito do protesto que começou há 11 dias, depois que uma tentativa de dissuasão na semana passada terminou em confrontos violentos e quase de 120 detenções.
Moradores e empresários da região exigem a retirada do protesto, mas o comissário Andrew Coster, que afirmou entender a frustração, optou por manter o diálogo com os manifestantes. "A única opção segura agora é uma abordagem contínua na desescalada", disse.
Inspirados pelo "comboio da liberdade" dos caminhoneiros canadenses, os manifestantes neozelandeses bloquearam estradas com carros, caminhões e caravanas no início da semana passada e acamparam diante do Parlamento.
Eles montaram barracas e organizaram banheiros portáteis, pontos de distribuição de alimentos e locais para cuidar das crianças.
O comissário, acusado por alguns de ter cedido o controle aos manifestantes, afirmou que quase 800 pessoas estão no campo e mais de 450 veículos bloqueiam as ruas.
* AFP