Um novo ataque a um campo de deslocados no nordeste da República Democrática do Congo deixou 22 civis mortos neste domingo (28), informou um trabalhador humanitário.
Há menos de uma semana, 29 pessoas morreram em outro ataque no mesmo acampamento de Ivo.
O coordenador da Cruz Vermelha na área, Mambo Bapu Mance, disse à AFP que 20 pessoas foram inicialmente enterradas em duas valas comuns, enquanto outras duas que morreram devido aos ferimentos foram posteriormente sepultadas.
Ele culpou o grupo armado Cooperativa pelo Desenvolvimento do Congo (Codeco) pelos ataques.
A organização Kivu Security Tracker (KST), que monitora a violência na região, citou o mesmo número de vítimas.
O porta-voz militar na área, tenente Jules Ngongo, afirmou que os rebeldes da Codeco foram repelidos, sem dar maiores detalhes.
O chefe da política externa da União Europeia (UE), Josep Borrell, pediu uma ação enérgica contra os responsáveis. "A UE condena esses novos ataques terríveis perpetrados pela milícia contra civis, especialmente pessoas deslocadas internamente", escreveu ele no Twitter.
A província de Ituri, rica em ouro, está mergulhada em um ciclo de violência desde o final de 2017 com o surgimento da milícia Codeco, que se dividiu em facções rivais.
Ituri e o vizinho Kivu do Norte estão sob estado de sítio desde 6 de maio, uma medida excepcional imposta para combater grupos armados como a Codeco e as Forças Democráticas Aliadas (FDA).
As autoridades civis foram substituídas por militares e policiais.
* AFP