Um opositor bielorrusso exilado, Roman Protasevich, foi detido no aeroporto de Minsk, onde o avião no qual viajava de Atenas a Vilna fez um pouso de emergência devido a uma ameaça de bomba, afirmou o canal de televisão bielorrusso Nexta.
"O avião foi revisado, nenhuma bomba foi encontrada e todos os passageiros foram enviados a outro controle de segurança", disse Nexta.
"Entre eles estava o jornalista do Nexta, Roman Protasevich. Foi detido", acrescentou.
A detenção de Protasevich foi classificada como ato "abjeto" pro Gitanas Nauseda, presidente da Lituânia, para onde o opositor bielorrusso viajava.
"Feito inédito! Um passageiro civil de um avião que voava para Vilna foi obrigado a pousar em Minsk", escreveu o presidente lituano no Twitter.
"O governo (bielorrusso) está por trás deste ato abjeto. Exijo a imediata libertação de Roman Protasevich", acrescenta.
Em novembro as autoridades bielorrussas incluíram Protasevich na lista de "pessoas envolvidas em atividades terroristas".
O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, exigiu a libertação de todos os passageiros. "Responsabilizamos o governo de Belarus pela segurança de todos os passageiros e do avião", tuitou, exigindo que "TODOS os passageiros" possam continuar sua viagem "imediatamente".
"Precisamos de uma explicação imediata do governo de Belarus sobre o desvio de um voo da Ryanair (...) e a suposta detenção de um jornalista", disse a diplomacia alemã.
O primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, classificou o incidente como um "ato de terrorismo de Estado".
* AFP