A Rússia superou, nesta quinta-feira (19), 2 milhões de casos de covid-19, além de novos recordes de infecções diárias e de mortes. Apesar desse quadro, as autoridades continuam a rejeitar um confinamento generalizado.
Foram registradas 23.610 novas infecções e 463 novas mortes nesta quinta, o que eleva o total para 2,02 milhões de casos detectados desde o início da pandemia no país, além de 34.850 óbitos.
Para efeito de comparação, o Brasil tem 167.455 mortes e 5.945.849 de casos confirmados. Nos Estados Unidos, são mais de 250 mil óbitos e mais de 11 milhões de casos.
Na quarta-feira (18), o presidente russo, Vladimir Putin, disse que a situação é "preocupante" e pediu às regiões russas, que são menos equipadas que Moscou, para lidar com a pandemia, sem "dourar a situação" e não "fingir que está tudo bem". Segundo ele, várias regiões enfrentam a escassez de medicamentos para pacientes com coronavírus, ou a falta de ambulâncias.
As autoridades já descartaram um novo confinamento nacional para evitar uma nova desaceleração da economia russa, já enfraquecida por esta mesma medida adotada no início do ano e pelas sanções ocidentais. Em outubro, Putin falou de medidas "seletivas e justificadas" que poderão ser tomadas, de forma independente, nas regiões russas.
De acordo com o Ministério da Saúde, 84% dos leitos destinados ao tratamento de pacientes com covid-19 estavam ocupados na segunda-feira (16).