O governo chinês anunciou, nesta sexta-feira (11), que vai impor restrições aos diplomatas dos Estados Unidos no país, incluindo aqueles instalados em Hong Kong, "em nome da reciprocidade".
O Ministério das Relações Exteriores chinês não detalhou que medidas serão essas, mas o anúncio surge na sequência de uma decisão similar adotada pelo país norte-americano no início deste mês.
Washington impôs restrições ao corpo diplomático chinês, como a obrigação de solicitar autorização para visitar universidades, ou para se reunir com políticos locais. Os eventos culturais com mais de 50 pessoas, organizados pelas missões diplomáticas chinesas fora de seus edifícios oficiais nos Estados Unidos, também precisarão de permissão das autoridades americanas.
O governo Donald Trump disse ter adotado essas medidas porque seus diplomatas na China estão sujeitos a restrições de acesso a pessoas úteis para compreender os problemas locais.
"Estas ações americanas violaram gravemente o direito internacional e as normas fundamentais das relações internacionais. A China emitiu, recentemente, uma nota diplomática que impõe, em nome da reciprocidade, restrições às atividades das embaixadas e dos consulados dos Estados Unidos na China, incluindo o consulado dos Estados Unidos em Hong Kong e seu pessoal", disse o porta-voz do ministério, Zhao Lijian, em um comunicado.
Esta decisão tem como pano de fundo a forte deterioração das relações entre China e Estados Unidos, rivais nos âmbitos econômico e tecnológico e opostos em questões como Hong Kong, direitos humanos, tecnologia, ou pandemia.