Principal foco de coronavírus na Rússia, Moscou ordenou, nesta quinta-feira (7), a prorrogação das medidas de confinamento da população até 31 de maio. "Se esta primeira etapa de diminuição das restrições for um sucesso, então a probabilidade de chegar rapidamente a uma segunda etapa aumentará", escreveu o prefeito de Moscou, Serguei Sobianin, em seu perfil online, pedindo respeito estrito das medidas de confinamento.
A partir da próxima terça-feira (12), poderão trabalhar apenas os setores da construção e da indústria, o que representa cerca de 500 mil trabalhadores em Moscou. A esses operários, somam-se os funcionários de supermercados, farmácias e outras atividades essenciais já autorizadas para trabalhar.
Desde 28 de março, o restante da população pode sair de casa apenas para fazer compras e ir ao médico. A partir de terça-feira, será obrigatório usar luvas e máscaras nos transportes públicos.
Na quarta-feira (6), o presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que, a partir de 12 de maio, as regiões poderão tomar medidas de saída do confinamento prudentes e adaptadas para a situação epidemiológica de cada uma delas. No mesmo dia, a Rússia se tornou o quinto país de Europa mais afetado pelo coronavírus e o sexto na lista mundial, conforme balanço da AFP.
Com 177.160 casos e 1.625 óbitos confirmados, a taxa de mortalidade continua sendo reduzida na comparação com Itália, Espanha, França, Alemanha ou Estados Unidos. As autoridades explicam isso pelas medidas que adotaram rapidamente contra a pandemia, como o fechamento das fronteiras, os testes (mais de 4 milhões) e a preparação dos hospitais à pandemia. Algumas vozes críticas, no entanto, questionam a exatidão dos números.