Cerca de 15.000 rohingya foram isolados em quarentena nos campos de refugiados de Bangladesh, após o aparecimento de 25 infectados com o novo coronavírus, anunciaram as autoridades locais na segunda-feira.
Os virologistas temem a rápida disseminação da COVID-19 nos campos dos rohingya, no sul do país, que abrigam quase um milhão de pessoas dessa minoria muçulmana que fogem da perseguição em Myanmar.
"Nenhuma das pessoas infectadas está em estado crítico. A maioria tem poucos sintomas. Nós as levamos para centros de isolamento e colocamos suas famílias em quarentena", disse à AFP Toha Bhuiyan, oficial de saúde do distrito de Cox's Bazar, onde ficam os campos.
Cerca de 15.000 rohingya estão confinados em três áreas dos campos. A maioria dos infectados vêm de Kutupalong, o maior campo de refugiados do mundo, que abriga 600.000 pessoas.
Os primeiros casos confirmados do novo coronavírus nos campos de rohingya foram detectados em meados de maio.
As autoridades de saúde prepararam centros de isolamento capazes de tratar mais de 700 pacientes com casos de COVID-19 em caso de disseminação da epidemia.
* AFP