A três semanas das eleições na Espanha, o primeiro-ministro Pedro Sánchez recebeu severas críticas da direita neste domingo (20), exigindo medidas excepcionais na Catalunha, onde a tensão foi reduzida no sábado, após várias noites de violentos confrontos entre ativistas da independência e forças de segurança.
Com gritos de "Viva Espanha" e "Todos somos catalães", centenas de pessoas se concentraram por volta do meio-dia em frente da sede do governo regional de Catalunha, em Barcelona, convocados pelo dirigente do partido Cidadãos (centro-direita), o catalão Albert Rivera.
"Quero um governo no meu país que defenda todos os cidadãos ... daqueles que bloqueiam estradas, dos que aplaudem a violência", disse Rivera, exigindo que Sanchez, de Madri, controle o presidente regional, separatista Quim Torra.
Os distúrbios na Catalunha reviveram a pressão pelo direito de intervir na autonomia dessa região, como foi feito em 2017 após a tentativa fracassada de secessão.
A condenação, na segunda-feira passada, a sentenças entre 9 e 13 anos de prisão para nove separatistas - políticos e ativistas - envolvidos nessa tentativa levou os manifestantes às ruas da região.
Para este domingo, está agendada uma nova manifestação pela independência diante da sede do governo espanhol em Barcelona, onde houve fortes incidentes na terça-feira.
Após anos de protestos pacíficos, a violência nas manifestações deixaram cerca de 600 feridos. Entre eles, um policial em "estado muito sério" e um manifestante em "estado crítico", segundo a prefeita de Barcelona, Ada Colau.
Segundo uma pesquisa do governo regional realizada em julho, 44% dos habitantes da Catalunha são a favor da independência e 48,3% são contrários.
* AFP