Os Estados Unidos estão prontos para ajudar a reconstruir a Venezuela depois da "devastação" do governo de Nicolás Maduro, informou nesta segunda-feira (5) a Agência para o Desenvolvimento Internacional (Usaid), garantindo a capacidade de levar assistência humanitária assim que um eventual governo de transição for instalado.
"Os Estados Unidos estão prontos para ajudar os venezuelanos a reconstruir seu país após a devastação da crise produzida por Maduro", afirma o comunicado da agência.
O país "também está preparado para assistir a recuperação a longo prazo de setores inteiros da sociedade venezuelana, como saúde, agricultura, energia e instituições econômicas e democráticas".
A nota ainda afirma que, quando essa "transição democrática" acontecer e abrir as portas para a assistência humanitária internacional, a Usaid poderá enviar "imediatamente" comida e atenção médica.
Há duas semanas, a Assembleia Nacional (AN, Parlamento) venezuelana de maioria opositora aprovou o retorno da Venezuela a um tratado regional de defesa, chamado TIAR, que ampararia uma eventual intervenção militar.
Juan Guaidó, chefe do Parlamento e considerado presidente inteiro pela oposição e por cerca de 50 países, alertou que, embora este tratado "não seja mágico", permitirá "alianças internacionais".
As Forças Armadas venezuelanas mantêm seu apoio a Maduro, seis meses depois de Guaidó se declarar presidente, argumentando um vácuo de poder.
Guaidó e o Parlamento "expressaram a necessidade de assistência humanitária internacional imediata", escreveu a Usaid. "Em resposta, os Estados Unidos continuam prontos para apoiar organizações humanitárias independentes e imparciais para prestar assistência na Venezuela, se as condições permitirem".
A Usaid tentou entrar na ajuda humanitária por meio da Colômbia em fevereiro, mas Maduro a rejeitou acusando os Estados Unidos de esconder uma intervenção nela. O governante aceitou a Cruz Vermelha.
O comunicado da Usaid destaca a crise no setor de saúde por carência de medicamentos e profissionais, surtos epidêmicos, emergência alimentar e os extensos cortes de energia que atingem os venezuelanos.
* AFP