O alto comando da Força Armada venezuelana demonstrou seu apoio, neste domingo (5), ao presidente Nicolás Maduro, que garantiu ter saído ileso de um atentado com "drones carregados de explosivos" neste sábado durante uma cerimônia militar.
"Permanecemos incólumes e aferrados às convicções que nos caracterizam, apoiando de forma incondicional e com irrestrita lealdade o nosso comandante em chefe", expressou o ministro de Defesa, Vladimir Padrino, que leu um comunicado assinado pelo alto comando militar.
O general classificou o incidente - ocorrido durante a comemoração dos 81 anos da Guarda Nacional - como "uma tentativa reprimida de magnicídio" e "uma agressão à instituição militar".
"Ratificamos o mais absoluto repúdio a esta barbárie executada como um passo desesperado em planos desestabilizadores, cujo objetivo é mudar, por meio mecanismos não constitucionais, o governo", afirma o texto da Força Armada, considerada por analistas como o principal apoio de Maduro.
O mandatário anunciou várias prisões e prometeu ir "até o fim, caia quem cair".
"Voltou a fracassar e na Venezuela tem que existir justiça porque atentaram contra minha vida", afirmou sobre o incidente que deixou sete militares feridos, segundo o governo.
"Justiça! Máximo castigo! E não vai haver perdão, os que se atreveram a ir até o atentado pessoal que esqueçam o perdão, os perseguiremos e os capturaremos onde quer que estejam escondidos. Eu prometo!", advertiu em um discurso ao país no sábado à noite.
Diante de uma enorme rejeição popular em consequência do colapso econômico Maduro atribuiu o ataque à "ultradireita", como se refere à oposição, e ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos.
"Vão ter que passar sobre as nossas ruínas para que se instale aqui um governo de sangue", alertou Padrino.
* AFP