A Coreia do Norte conseguiu reduzir o suficiente uma bomba nuclear para colocá-la em um de seus mísseis intercontinentais, de acordo com as conclusões de especialistas de Inteligência dos Estados Unidos, reveladas nesta terça-feira (8) pelo jornal The Washington Post.
Esta capacidade marcaria um importante passo adiante da Coreia do Norte, que se converteria, assim, em uma potência nuclear. Segundo o jornal, a Agência de Inteligência e Defesa (DIA) completou o relatório no mês passado.
O regime de Pyongyang – capital e maior cidade da Coreia do Norte, situada às margens do rio Taedong – testou vários dispositivos atômicos e lançou com sucesso dois mísseis balísticos intercontinentais, capazes de alcançar os EUA, mas ainda estava em dúvida de sua capacidade de colocar uma bomba atômica em seus lançadores.
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A comunidade internacional estava em grande parte convicta de que, apesar de terem se passado 10 anos desde o primeiro teste nuclear de Pyongyang, em outubro de 2006, o país ainda precisava de alguns anos para poder dominar a miniaturização de armas nucleares.
No entanto, "a comunidade de inteligência acredita que a Coreia do Norte produziu armas nucleares que podem ser inseridas nos mísseis balísticos intercontinentais", segundo um trecho do relatório.
Ainda conforme o Washington Post, o ministério da Defesa do Japão chegou às mesmas conclusões.
Outro relatório oficial americano aponta que Pyongyang tem cerca de 60 bombas nucleares, e enfatiza que vários especialistas consideram que este é um número muito elevado.