A Arábia Saudita e seus aliados, que romperam relações com o Catar, se reúnem nesta quarta-feira (5), no Cairo, para decidir os próximos passos em relação a Doha, que considera "irreais" os pedidos do grupo.
A reunião, que começará às 8h (horário de Brasília), terá as presenças dos chefes da diplomacia da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos, Bahrein e Egito. O encontro acontecerá após o fim do ultimato estabelecido pelos quatro países ao Catar para que aceitasse as exigências da aliança.
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Riad e os aliados romperam, em 5 de junho, todas as relações diplomáticas com o pequeno emirado, rico em gás, que acusam de apoiar o "terrorismo" e de manter relações próximas com o Irã, grande rival da Arábia Saudita no Oriente Médio.
Os países também adotaram sanções econômicas contra o Catar, incluindo o fechamento da fronteira terrestre. Para acabar com o conflito, os quatro aliados árabes enviaram uma lista de 13 pedidos ao Catar, que deveriam ser atendidas até 2 de julho, prazo que foi prorrogado por 48 horas.
Os países exigem o fechamento de uma base militar turca e do canal de televisão Al-Jazeera, que consideram muito agressivo, assim como um afastamento de Doha do Irã.
O Catar, que nega as acusações de apoio ao terrorismo, respondeu na segunda-feira (3) às exigências em uma mensagem enviada ao Kuwait, país que atua como mediador na crise. Riad e os aliados confirmaram que receberam a resposta, mas o conteúdo não foi divulgado.
As palavras do ministro das Relações Exteriores do Catar, xeque Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, não deixam dúvidas, no entanto, sobre a resposta.
– A lista é irrealista e inaplicável – afirmou na terça-feira (4). – Não é terrorismo. Estamos falando, simplesmente, de acabar com a liberdade de expressão – completou.
Doha considera que os países vizinhos tentam usurpar a soberania do Catar e interferir em sua política externa.