O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) revindicou, no domingo (4), o atentado em Londres que deixou sete mortos. O ataque foi assumido 24 horas depois que três homens atropelarem pedestres na London Bridge, abandonaram o veículo e começaram a esfaquear pessoas em uma área de bares da capital britânica.
Os três agressores foram mortos pela polícia no local do ataque. O atentado em Londres ocorre menos de duas semanas depois da ofensiva em Manchester, na saída do show de Ariana Grande, em que 22 pessoas morreram.
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O que aconteceu?
A polícia recebeu alertas de que um veículo havia atropelado pedestres na London Bridge às 22h08min do horário local (18h08min pelo horário de Brasília).
Os avisos de emergência se multiplicaram e, em seguida, a polícia confirmou que estava respondendo às informações de que pessoas tinham sido agredidas a faca no Borough Market, o conhecido centro que fica próximo à ponte.
A polícia reagiu e matou os três suspeitos oito minutos depois de receber o aviso sobre o ataque. Segundo as autoridades policiais, os homens carregavam algo parecido a um cinto de explosivos, que depois se revelaram falsos.
A morte dos suspeitos aconteceu oito minutos depois de a polícia receber o aviso do ataque, informou a instituição, acrescentando que os suspeitos carregavam algo parecido a um cinto de explosivos, que depois se revelaram falsos.
Várias testemunhas relataram que ouviram os agressores gritarem: "Isso é por Allah!".
Quantas vítimas?
A polícia informou que há sete mortos no atentado. Conforme fontes médicas, 21 dos 48 feridos hospitalizados pelo ataque seguem em estado grave, enquanto 12 já receberam alta.
Entre os feridos, há um policial de Londres, que foi um dos primeiros agentes a chegar ao local. Outro policial que não estava em serviço também foi ferido.
O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, confirmou que um canadense está entra os mortos. Já o ministro das Relações Exteriores da França, Jean Yves Le Drian, relatou que há um francês morto pelo ataque e outro que continua "desaparecido".
De acordo com as informações oficiais, também foram feridos na ofensiva um espanhol, sete franceses, dois alemães e um australiano.
Quem é o responsável?
A agência de propaganda Amaq, ligada à organização extremista, disse que o ataque foi cometido por um "destacamento de combatentes do Estado Islâmico" (EI), em um comunicado divulgado no domingo.
Em nota, a polícia informou que agentes da unidade antiterrorista prenderam 12 suspeitos no bairro de Barking, no leste de Londres, "em conexão com os incidentes na London Bridge e na zona do Borough Market".
A polícia identificou na segunda-feira dois dos responsáveis: Khuram Butt, um britânico de 27 anos nascido no Paquistão e conhecido pelos serviços de segurança, e Rachid Redouane, um marroquino de origem líbia de 30 anos, desconhecido das autoridades. De acordo com a televisão irlandesa RTE, ele teria vivido em Dublin.
Khuram Butt apareceu no ano passado em um documentário do Channel 4 intitulado "Os jihadistas da porta ao lado", no qual aparecia em frente a uma bandeira preta do Estado Islâmico.
O terceiro foi identificado nesta terça-feira: Zaghba Youssef, um italiano de origem marroquina de 22 anos, que vivia no leste de Londres como os outros dois.
A imprensa italiana afirma que ele havia sido reportado pela inteligência italiana, mas de acordo com a Scotland Yard não era considerado uma "pessoa de interesse".
Onde foi?
A London Bridge é a ponte por onde passa uma das principais artérias que leva ao centro da "City" das finanças da capital britânica.
O Borough Market, no sul da ponte, é uma área de bares e restaurantes que, na noite de sábado, estava cheia.
O local fica próximo ao conhecido arranha-céu The Shard, o edifício mais alto do Reino Unido, com 309 metros.
A zona do ataque também fica perto da estação London Bridge, um ponto importante da rede de transportes do metrô de Londres.
A van bateu contra as grades da Southwark Cathedral.
Como foi a reação?
As autoridades estão em alerta depois dos atentados recentes. Agentes armados e ambulâncias se deslocaram para o local do ataque. A estação de London Bridge foi fechada e a polícia isolou a área.
Os ataques foram declarados "incidentes terroristas" às 20h25min de sábado (horário de Brasília). As fotos do local mostram pessoas deixando a área com as mãos ao alto, acompanhadas pela polícia.
As autoridades britânicas e os líderes mundiais reagiram com indignação, condenando o ataque e com palavras de solidariedade.
A primeira-ministra britânica Theresa May liderou, no domingo, o comitê de emergência "Cobra" para responder a ataques que classificou de "espantosos".
Ao fim da reunião, May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça" em que os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram na "malvada ideologia do extremismo islamita". As declarações foram feitas antes da reivindicação do EI.
A investigação
A prioridade dos investigadores é assegurar que os três suspeitos não tinham cúmplices prontos para agir.
Desde o atentado, a polícia deteve 12 pessoas. Na segunda-feira todos foram soltos.
As detenções aconteceram principalmente no bairro de Barking, no leste da capital britânica, de onde eram originários dois dos três autores do atentado.
Nesta terça, um homem de 27 anos foi detido em uma nova operação em Barking.