A Coreia do Norte celebrou, nesta terça-feira, o aniversário de 85 anos da criação do exército do país com exercícios de tiros convencionais, de acordo com a imprensa sul-coreana. A informação contraria os rumores sobre um possível teste nuclear ou lançamento de mísseis pelo regime norte-coreano.
Paralelamente, a Coreia do Sul anunciou exercícios com um porta-aviões norte-americano que deve chegar em breve à península coreana. Apesar da tensão constante na região, o governo sul-coreano afirma que não foi detectado nenhum novo teste nuclear ou lançamento de mísseis por Pyongyang.
"Nenhum desenvolvimento fora do comum foi detectado", afirmou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
Leia mais:
Acidente deixa ao menos 26 mortos no Quênia
Terremoto de 6,9 graus abala centro do Chile
Chefe do Pentágono visita o Afeganistão após ataque dos talibãs
– Nenhum desenvolvimento fora do comum foi detectado – afirmou o ministério da Defesa da Coreia do Sul.
De acordo com a agência sul-coreana Yonhap, que cita uma fonte governamental não identificada, a Coreia do Norte celebrou o acontecimento com "o maior exercício de tiros" até agora, na cidade portuária de Wonsan, leste do país.
Pyongyang, que sonha desenvolver um míssil nuclear com capacidade de atingir o continente americano, realizou dois testes de mísseis este mês. A tensão aumentou nos últimos dias, com troca de ameaças entre Pyongyang e Washington.
As declarações de Pyongyang costumam ser mais incendiárias no segundo trimestre do ano, quando Estados Unidos e Coreia do Sul realizam os exercícios militares conjuntos anuais, que a Coreia do Norte considera um ensaio para a invasão de seu território.
O presidente americano Donald Trump e vários altos funcionários de sua administração advertiram a Coreia do Norte que "todas as opções estão sobre a mesa" no caso dos programas nuclear e balístico de Pyongyang, incluindo a opção militar.
Trump afirmou na segunda-feira que o Conselho de Segurança da ONU deveria "estar preparado" para impor novas sanções a Pyongyang. A ONU já aprovou seis séries de sanções contra a Coreia do Norte.