O regime de Pyongyang está cada vez mais perto de cair, à medida que mais norte-coreanos lhe dão as costas. Esta é a avaliação de um ex-diplomata norte-coreano que se asilou na Coreia do Sul, no ano passado.
– Estou convencido de que os dias de Kim Jong-Un estão contados – declarou o ex-número dois da embaixada da Coreia do Norte em Londres, Thae Yong-Ho, em sua primeira coletiva de imprensa realizada sob fortes medidas de segurança.
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O ex-diplomata também disse estar seguro de que mais compatriotas seguirão seu exemplo porque o regime norte-coreano vai acabar caindo. Segundo ele, cada vez mais membros da elite norte-coreana "dão as costas" ao líder Kim Jong-Un.
– As estruturas tradicionais do sistema norte-coreano estão afundando – acrescentou.
Thae, um dos diplomatas de maior escalão a fugir para a Coreia do Sul nos últimos anos, explicou que o acesso às informações exteriores fez com que sua fé no regime ficasse abalada. As dúvidas pessoais se converteram em convicções quando Kim Jong-Un impôs um expurgo entre altos dirigentes do regime.
Os diplomatas norte-coreanos, quando enviados ao exterior, são obrigados a deixar um dos filhos no país, como "garantia" de fidelidade ao regime. Thae, no entanto, pode ir para o Reino Unido com os dois filhos, hoje com 19 e 26 anos.
– O regime de Kim Jong-Un usa como refém o amor entre pais e filhos para controlar os diplomatas do país – denunciou.
Thae, que conseguiu ir para a Coreia do Sul com os filhos e a esposa, é taxado de "escória humana" por Pyongyang, que o acusa de ter desviado uma importante soma de dinheiro, estuprar um menor e espionagem.