A operação de retirada de civis e rebeldes da cidade síria de Aleppo, que deveria começar na manhã desta quarta-feira, foi atrasada em várias horas. Um acordo mediado por Rússia e Turquia, na terça-feira, prevê a saída dos civis e insurgentes que se encontram no último bolsão de resistência na zona leste da segunda maior cidade da Síria.
A retirada deveria começar às 5h (pelo horário de Brasília, por volta de 1h), conforme o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). Mais de três horas depois, no entanto, quase 20 ônibus permaneciam estacionados no bairro de Salahedin, dividido entre o regime e os rebeldes.
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Os motoristas dormiam nos ônibus e não era possível observar nenhum civil ou insurgente nos arredores. Nenhuma parte envolvida – rebeldes, governo, Rússia, Turquia – apresentou uma explicação para o atraso.
Nesta quarta-feira, o governo da França pediu a presença de observadores da ONU para supervisionar o processo em Aleppo.
– A França solicita observadores das Nações Unidas para ter a garantia de que a saída dos civis é uma prioridade, mas também para que os combatentes não sejam massacrados – firmou o ministro das Relações Exteriores, Jean-Marc Ayrault.
Na terça-feira, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, já havia solicitado a presença de "observadores internacionais imparciais" para supervisionar a retirada dos civis, que segundo ela "temem ser abatidos na rua ou enviados para alguns dos 'gulags' de Assad".