O presidente americano, Barack Obama, elogiou, nesta terça-feira, a força da aliança entre os Estados Unidos e o Japão, após prestar uma homenagem – acompanhado do premiê japonês, Shinzo Abe – às vítimas de Pearl Harbor, 75 anos depois do ataque que abalou a América.
– Nossa aliança nunca esteve tão forte – declarou Obama, que deixa a Casa Branca em 20 de janeiro próximo. – O caráter de um país se mede na guerra, mas ele também se define na paz – afirmou.
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– Mesmo quando o ódio se extrema, mesmo quando o tribalismo está em seu nível mais primário, devemos resistir à necessidade de olhar para nós mesmos. Devemos resistir ao impulso de demonizar os que são diferentes – disse Obama.
– Dou-lhe as boas-vindas com espírito de amizade – acrescentou o presidente americano. – Espero que, juntos, enviemos uma mensagem ao mundo de que se ganha mais com a paz do que com a guerra, que a reconciliação tem mais recompensas do que represálias – completou Obama.
Obama e Shinzo Abe homenagearam as vítimas do ataque a Pearl Harbor no memorial "USS Arizona". Sete meses depois de visitarem juntos o lugar histórico de Hiroshima, ambos depositaram várias coroas de flores no espaço construído sobre os restos do encouraçado destruído pela Força Aérea japonesa em 7 de dezembro de 1941.
As homenagens aconteceram diante do muro, onde estão inscritos os nomes dos 1.177 americanos que perderam a vida no "USS Arizona". Esta é a primeira vez que um primeiro-ministro japonês visita o memorial, construído no começo dos anos 1960.
Após um momento de silêncio, os dois chefes de Estado lançaram pétalas de flores em um poço cavado no meio da estrutura, apoiada na água, e através da qual os visitantes podem ver os restos oxidados do "USS Arizona". Shinzo Abe ofereceu suas "sinceras condolências" às vítimas do ataque a Pearl Harbor.
– Como primeiro-ministro do Japão, ofereço minhas sinceras e eternas condolências aos entes queridos que perderam a vida aqui – disse Abe, ao lado de Obama, acrescentando que "nunca devemos repetir os horrores da guerra".
Abe também agradeceu pela "tolerância" com o Japão, ao destacar o poder da reconciliação com os Estados Unidos.
Preparado durante meses no maior dos sigilos, o ataque-relâmpago à base americana do Pacífico de Pearl Harbor – de duas horas de duração – deixou mais de 2.400 mortos e precipitou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial.
*AFP