Após a confirmação da vitória do magnata republicano Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos, às 5h31min desta quarta-feira (horário de Brasília), políticos e chefes de Estado começaram a se manifestar. Confira as primeiras reações:
Vladimir Putin, presidente da Rússia
Putin parabenizou Donald Trump em um telegrama. Ele afirmou que espera uma melhora nas relações russo-americanas.
Putin "expressou a esperança de que (seja realizado) um trabalho mútuo para tirar as relações entre Rússia e Estados Unidos de sua situação crítica" e "disse estar certo de que será iniciado um diálogo construtivo entre Moscou e Washington", anunciou o Kremlin em um comunicado.
Xi Jinping, presidência da China
O presidente chinês Xi Jinping afirmou que está "ansioso" para trabalhar com Donald Trump "sem confrontação". O comunicado foi encaminhado por meio de um telegrama de felicitação pela vitória eleitoral nos Estados Unidos.
"Concedo uma grande importância às relações chino-americanas e estou ansioso para trabalhar com você, sem conflito e sem confrontação", com "base nos princípios de respeito mútuo e de cooperação", escreveu.
O chefe de Estado chinês ressaltou ainda que espera que o novo presidente americano "lide com as divergências (entre os dois países) de forma construtiva", segundo declarações citadas em estilo indireto pela televisão estatal CCTV.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel
O primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu felicitou Donald Trump, "um verdadeiro amigo do Estado de Israel", pela vitória na eleição à Presidência dos Estados Unidos. O anúncio foi realizado através de um comunicado nesta quarta-feira.
"O presidente eleito Trump é um verdadeiro amigo do Estado de Israel e espero trabalhar com ele para promover a segurança, a estabilidade e a paz em nossa região", afirmouo Netanyahu.
Mais cedo, o ministro da Educação israelense, membro da coalizão governamental e chefe das fileiras do lobby dos colonos judeus, afirmou que a ideia de criar de criar um Estado palestino coexistente com Israel está superada depois da vitória de Donald Trump nas eleições americanas.
– A vitória de Trump oferece a Israel a possibilidade de se renunciar imediatamente à ideia da criação de um Estado palestino – afirmou, em um comunicado, Naftali Bennett. – Esta é a posição do presidente eleito e esta deve ser nossa política. A era de um Estado palestinos ficou para trás – concluiu.
Angela Merkel, chanceler alemã
A chanceler alemã Angela Merkel sugeriu ao presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, "uma cooperação estreita, baseada nos valores comuns democráticos e de respeito ao outro".
– A Alemanha e os Estados Unidos estão ligados por valores, a democracia, a liberdade, o respeito ao direito, à dignidade humana, independente da cor da pele, da religião, do sexo, da orientação sexual ou das convicções políticas – afirmou.
– Com base nesses valores, proponho uma cooperação estreita ao futuro presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – afirma a declaração.
François Hollande, presidente da França
O presidente francês François Hollande declarou que a vitória do candidato republicano abre um período de incertezas.
– Neste contexto, precisamos de uma Europa unida, capaz de fazer ouvir sua voz e de promover suas políticas onde os seus interesses e valores estejam em jogo. O que está em jogo é a paz, a luta contra o terrorismo, a situação no Oriente Médio, as relações econômicas e a preservação do planeta – afirmou em um discurso transmitido pela TV.
– Devemos ter consciências das inquietudes pelas desordens mundiais em todos os povos, incluindo o povo americano, a primeira potência mundial – afirmou. – Devemos encontrar as respostas e elas devem ser capazes de superar os medos – acrescentou, para depois felicitar Trump pela vitória "como é comum entre os chefes de Estado democráticos".
Maria Le Pen, líder da extrema-direita francesa
Marine tuitou na manhã desta quarta-feira suas "felicitações ao novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e ao povo americano, livre", antecipando a vitória do candidato republicano à Casa Branca.
A presidente da Frente Nacional (FN), que regularmente se manifestava a favor do "tudo, exceto Hillary Clinton", expressou na rede social sua satisfação pelo que seu companheiro Louis Aliot, vice-presidente da FN, qualificou de derrota de "uma elite arrogante".
Marine Le Pen é candidata às eleições presidenciais francesas de 2017. Diante de uma esquerda dividida, as pesquisas preveem que passará ao segundo turno destas eleições, mas que perderá para o candidato da direita.
Theresa May, primeira-ministra britânica
A primeira-ministra britânica, Theresa May, felicitou nesta quarta-feira Donald Trump por sua vitória nas eleições e prometeu manter a "relação especial" entre os dois países nos próximos anos.
– Reino Unido e Estados Unidos têm uma relação duradoura e especial baseada nos valores da liberdade, democracia e empreendimento. Somos, e continuaremos sendo, sócios fortes e próximos no comércio, segurança e defesa – afirma em um comunicado.
Matteo Renzi, premier italiano
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, desejou "bom trabalho" ao novo líder da Casa Branca.
– O mundo saúda a eleição de Trump. Em nome da Itália, eu o parabenizo e desejo um bom trabalho, convicto de que a amizade permanecerá forte e sólida – disse o premier.
Muito próximo de Barack Obama, Renzi fez diversas manifestações públicas a favor da candidata derrotada Hillary Clinton. Nesta quarta-feira, ele reconheceu que a eleição do magnata gerou "um fato político novo que, junto com outros, (eles) demonstram que nós estamos em uma nova temporada" da política mundial.
Mohamad Javad Zarif, chanceler do Irã
O chanceler iraniano Mohamad Javad Zarif pediu nesta quarta-feira ao eleito Donald Trump que respeite os acordos internacionais assinados por seus país.
– Todo presidente dos Estados Unidos deve entender as realidades do mundo de hoje. O mais importante é que o futuro presidente dos Estados Unidos respeite os acordos, os compromissos assumidos não em nível bilateral e sim multilateral – declarou Zarif durante uma visita à capital romena, Bucareste.
Salman bin Abdulaziz Al Saud, rei da Arábia Saudita
O rei Salman da Arábia Saudita desejou que Trump leve "estabilidade" ao Oriente Médio, palco de constantes conflitos armados, em um telegrama de felicitações ao presidente eleito dos Estados Unidos.
"Desejamos a vossa excelência sucesso em sua missão de alcançar a segurança e a estabilidade na região do Oriente Médio e no mundo", escreveu o soberano na primeira reação de Riad ao anúncio da eleição de Trump.
Haider al-Abadi, primeiro-ministro do Iraque
O primeiro-ministro iraquiano, Haider al-Abadi, felicitou Trump pela eleição à presidência dos Estados Unidos e disse esperar apoio na luta contra os extremistas.
"Estamos ansiosos pelo apoio continuado do mundo e dos Estados Unidos ao Iraque em sua luta contra o terrorismo que ameaça não só o nosso país, mas também o mundo inteiro", disse Abadi, citado em um comunicado de seu gabinete.
Os líderes da região autônoma do Curdistão também felicitaram o futuro presidente americano.
Frank-Walter Steinmeier, ministro das Relações Exteriores alemão
O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, afirmou nesta quarta-feira que os tempos serão mais difíceis com Donald Trump na Casa Branca.
– Nada vai ser mais simples, muitas coisas serão mais difíceis. É possível que nos grandes temas internacionais, os Estados Unidos decidam sozinho mais frequentemente – afirmou.
*Este texto passará por novas atualizações assim que novos líderes se manifestarem