O furacão Matthew, que atingiu ontem o Haiti com força devastadora, deixou 32 mortos, de acordo com o Jornal Nacional, e milhares de evacuados, destruiu dezenas de casas e ameaça 4 milhões de crianças no país enquanto avança para Cuba. O número de mortos deve subir.
No total, 9.280 pessoas foram evacuadas para escolas, igrejas e outros centros comunitários, disse Guillaume Albert Moléon, porta-voz do Ministério do Interior haitiano.
O "extremamente perigoso" furacão atingiu a cidade de Anglais por volta das 7h locais (8h de Brasília) com ventos máximos de 230km/h, o que o coloca na categoria 4, de um total de 5 na escala Saffir-Simpson, informou o Centro Nacional de Furacões (NHC, em inglês), com sede em Miami.
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Às 12h de Brasília, o olho do furacão se situava na costa oeste do Haiti e a 145 km do extremo leste de Cuba, para onde acreditava-se que iria avançar, assim como para Bahamas e outras ilhas, segundo o último boletim do NHC, que indicou que Matthew avançava a 17km/h.
Muitas pessoas se negaram a ser evacuadas e a deixar seus pertences nas áreas mais vulneráveis. Entre essas áreas destacam-se os bairros extremamente pobres e densamente povoados como Cite Soleil – onde 100 mil de seus 500 mil residentes enfrentam sérios riscos de inundação – e Cité L’Eternel, no litoral.
Na terça-feira à noite, o governador da Flórida, nos EUA, Richard Scott, disse que deve emitir alerta de evacuação hoje para que 1 milhão de pessoas tenham tempo de sair da costa antes da chegada de Matthew. Moradores lotaram supermercados e postos de gasolina para se prepararem, enquanto outros protegiam suas casas.
O presidente dos EUA, Barack Obama, cancelou seus eventos na Flórida, entre eles, um comício com a candidata democrata, Hillary Clinton.