O presidente sírio, Bashar al-Assad, estaria considerando a possibilidade de pedir asilo político em um país latino-americano para ele próprio, para sua família e para seu círculo de colaboradores, caso seja forçado a fugir de Damasco.
A revelação foi feita nesta quarta-feira pelo jornal israelense Haaretz, citando como fonte o ministro sírio adjunto dos Negócios Estrangeiros, Faisal al-Miqdad. Segundo a informação, nos últimos dias al-Miqdad teria feito contato e entregue cartas pessoais de Al-Assad aos governos de Cuba, Venezuela e Equador.
Na Venezuela, o jornal El Universal confirmou a entrega de uma carta ao presidente Hugo Chávez na última quarta-feira, antes da viagem do dirigente venezuelano para Havana, em Cuba, para retomar o tratamento de um câncer.
Fontes do governo de Caracas confirmaram que a mensagem de Assad tinha como base a "relação pessoal entre os dois presidentes" e que a visita do vice-chanceler é uma "mostra da proximidade entre os dois países". Mas não comentaram sobre uma possível resposta ao pleito do presidente sírio. No ano passado, a Venezuela enviou petróleo para a Síria, ajudando Al-Assad a combater o que Chávez classificou como "terroristas".
Nos últimos dias, a situação de segurança na Síria se deteriorou ainda mais com as forças rebeldes se aproximando da capital Damasco, até então uma fortaleza do regime de Assad. Agências das Nações Unidas ordenaram que seus funcionários não essenciais saíam do país.
Na terça-feira, uma reportagem do jornal The New York Times citou uma fonte russa para informar que Al-Assad estaria sem esperança de sair vitorioso ou sequer vivo da guerra civil. No mês passado, o próprio presidente sírio chegou a comentar que "viveria e morreria na Síria".
Conflito na Síria
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