Advogado do pai da jovem morta pela ex-namorada diz que internação é estratégia

Contratado pelo pai da jovem morta a facadas pela ex-namorada no último sábado, em Santa Maria, o advogado Antônio Carlos Porto e Silva afirmou que a internação da suspeita do assassinato e o fato de ela não prestar depoimento na fase de investigação deve ser uma estratégia dos seus advogados de defesa. Stéphanie Freitas, 24 anos, está internada - ela ainda estaria em estado de choque - na Casa de Saúde desde o dia do crime que teve como vítima Helenara Pinzon, 22. Stéphanie está com a prisão preventiva decretada e assim que der alta, deve ir para o presídio.

Mulher é suspeita de matar a ex-namorada a facadas em Santa Maria

- Quando ela pegou uma faca e matou a menina, ela estava muito bem de saúde. Aí, de repente, ficou em estado de choque e não pode nem contar o que aconteceu. Acho que é uma estratégia para os advogados trabalharem para que ela não vá para a cadeia. Ela tinha que depor e contar o que aconteceu, por que aconteceu. Ela não vai ficar o resto da vida doente, um dia ela vai melhorar e vai ter que dar uma explicação - afirma Porto.

Nem advogados, nem polícia tiveram acesso à suspeita de matar ex-namorada em Santa Maria

Para um dos advogados de Stéphanie, Bruno Seligman de Menezes, o estado de saúde de sua cliente não permite que ela formule uma frase:

- Ela não vai prestar esclarecimentos durante o inquérito. Ela não tem condições de formar um raciocínio pleno. Até mesmo para não prender a polícia (para o encerramento do inquérito), adiantamos que ela não vai falar, somente em juízo. A previsão é que ela fique no mínimo mais duas semanas internada. Tudo depende de como vai avançar o quadro dela. Ela está sob efeito de muita medicação. Além do mais, quem está definindo a internação dela são os médicos e não a defesa. Já existe uma prisão, mas a prisão está ressalvada a alta médica. _ explica Menezes.

Advogados conseguem falar com suspeita de matar a ex-namorada em Santa Maria

A delegada Débora Dias, da Delegacia da Mulher, adianta que a falta do depoimento não atrapalha a conclusão do inquérito, que deve ser encerrado na segunda-feira:

- Não atrapalha em nada, já temos indícios probatórios suficientes. É um direito dela não falar ou até mentir, mas não faz diferença para a conclusão - justifica.
De acordo com a delegada, duas pessoas ainda serão ouvidas.