Em reunião realizada na manhã festa sexta-feira, a diretoria da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs) decidiu que recomendará os prefeitos gaúchos a avaliarem o prejuízo das transferências temporárias de policiais militares para Porto Alegre.
De acordo com a assessoria da Famurs, prefeitos serão instruídos a procurar a promotoria de sua cidade e acionar o Ministério Público, caso achem necessário entrar com pedido judicial para impedir o deslocamento de brigadianos para a Capital - como fez Pelotas, no sul do Estado.
O presidente da federação também se reunirá com o Ministério Público para mostrar dados da época da Copa do Mundo, que revelariam o aumento da violência no Interior.
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Com base na experiência da Copa do Mundo, quando cerca de 1,6 mil PMs de todo o Estado foram remanejados para a Capital, a BM criou o Comando Operacional de Policiamento (COP). No COP, em um sistema de rodízio, 150 policiais de todas as regiões passam 20 dias em Porto Alegre e depois retornam às suas bases. A tropa é complementada por outros 50 PMs de funções administrativas da Capital. Do efetivo total do COP, 80% realiza policiamento a pé.
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A ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público do Estado (MP-RS) em Pelotas pedia, além do fim das transferências, que os PMs atualmente na Capital retornassem ao sul do Estado. A liminar atendeu parcialmente o pedido, determinando que os PMs remanejados terminem seu período na Capital, mas proibindo o envio de mais soldados.
* Zero Hora