O Ministério Público analisou o inquérito da Polícia Civil referente ao caso da morte de Anderson Styburski, 16 anos, e Danúbio Cruz da Costa, 20, em uma abordagem da Brigada Militar, no dia 16 de março, em Bento Gonçalves, e decidiu não oferecer denúncia sem antes reunir novas provas. Em coletiva de imprensa na tarde desta quarta-feira (14), o promotor Eduardo Lumertz disse que faltam elementos.Ele pediu novos exames periciais e oitivas de algumas testemunhas.
"O Ministério Público entendeu por bem aguardar a vinda de algumas diligências e requisitar outras. Posso mencionar a remessa de exames periciais residuográficos nas mãos de algumas pessoas envolvidas, bem como a complementação das perícias das armas de fogo utilizadas na ocorrência e da Fiorino que foi alvo dos disparos dos policiais, além das oitivias de algumas testemunhas".
Como o trabalho depende de outros órgãos, como o Instituto Geral de Perícias (IGP) e a própria Polícia Civil, não há prazo para conclusão, mas a expectativa é de que se possa concluir entre 15 e 30 dias.
No inquérito, concluído no final de abril pelo o delegado Álvaro Becker, foram indiciados os policiais militares Edegar Júnior Oliveira Rodrigues, 29 anos, e Neilor dos Santos Lopes, 23, por duplo homicídio por dolo eventual e duas tentativas. Eles dispararam contra a Fiorino. O motorista do veículo, Tiago de Paula, 18, também foi indiciado por duplo homicídio e uma tentativa. O outro adolescente de 15 anos que estava na carona da Fiorino não foi indiciado.
Gaúcha
Para promotor, faltam elementos no inquérito sobre a morte de jovens em Bento Gonçalves
Eduardo Lumertz decidiu não oferecer denúncia sem antes reunir novas provas
Juliana Bevilaqua
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