O presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar (ASOFBM), tenente-coronel José Carlos Riccardi Guimarães, alertou, no final da noite, que "Porto Alegre está despreparada para ações de combate a incêndios e conta com menos de quatro bombeiros atuando simultaneamente para esse fim em cada região".
- Cada quartel atende uma região específica da cidade. Mesmo que uma unidade receba auxílio de outras, haverá o problema do tempo de deslocamento - frisa Riccardi.
Embora possua dez quartéis de bombeiros, diz Riccardi, a capital gaúcha possui uma única autoescada mecânica (conhecida como "Magirus").
- Não há condições de atender a eventualidade de ocorrer dois incêndios em edifícios altos - pontua Riccardi.
O oficial alertou, também, para o fato de a cidade não possuir uma equipe especializada, no Corpo de Bombeiros, em atendimento de acidentes com produtos perigosos - agentes químicos, biológicos, radiológicos e nucleares.
- A unidade foi desativada há dez anos - detalha Riccardi.
Além disso, Porto Alegre, uma cidade portuária, não possui embarcações de combate a incêndio e salvamento.