A morte do General Videla, ditador argentino de 1976 a 1980, é um evento emblemático, que marca uma era e traz indagações sobre a lógica que guiou seu regime: " como foi possível?". Enquanto o regime militar brasileiro avançava rumo à Abertura, a Argentina iniciava o que viria a ser a mais violenta ditadura das Forças Armadas.
Durante o governo de Isabel Perón, os militares argentinos haviam se fortalecido e buscado legitimidade através do combate à guerrilha, sem apoiar a presidente (que lhes dera carta branca), como forma de dar livre curso ao caos social, econômico e político, castigando a população e buscando destruir o prestígio do peronismo.
Assim, o golpe desfechado em 25 de março de 1976, sob a liderança do general Jorge Rafael Videla, ocorreu em condições favoráveis, em meio ao descrédito das lideranças civis e ao caos econômico, social e político generalizado.
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