A administração da casa noturna Cabaret Voltaire, de Porto Alegre, informou em comunicado que seu funcionamento não está vinculado a liminar concedida pela Justiça, ao contrário do que divulgou a prefeitura na quarta-feira.
Confira a nota na íntegra
A sentença concederia a manutenção das atividades no local enquanto tramitar o processo para expedição da licença ambiental. No texto, também contesta um dos pontos apontados como motivo da interdição do local, ocorrido na noite daquele dia.
Segundo publicou em seu site, o Cabaret possui notas fiscais que comprovariam a instalação de dois tipos de forros para isolamento acústico, um em dezembro de 2010 e outro em julho de 2011. A prefeitura declarou que a danceteria possuiria forro de material inflamável. "Os dois tipos de forro possuem certificação de Classe A, ou seja, a mais segura das classificações", diz a nota.
A casa noturna também apresentou o alvará do Plano de Prevenção Contra Incêndio (PPCI) que atesta a liberação de funcionamento até maio de 2013. No entanto, a boate não trata de outras questões estruturais apontadas pelo secretário municipal de Indústria e Comércio, como pé direito muito baixo e difícil acesso a uma porta de saída nos fundos do estabelecimento.
"Portanto, como este alvará tem duração de um ano, onde se faz nova vistoria para sua renovação, fica fácil de perceber que a forração do Cabaret não oferece risco de incêndio, tendo em vista que a última vistoria identificou a aplicação de forração acústica de segurança", mostra o comunicado.
A direção ainda nega que houvesse clientes no local no momento da interdição e garante que irá providenciar "o necessário para adequar-se às novas solicitações".