Vanessa Kannenberg / Uruguaiana
A abertura da 46ª Semana Farroupilha de Santa Cruz do Sul, no Vale do Rio Pardo, foi marcada pela emoção na manhã desta sexta-feira, na Praça Siegfried Heuser, no centro da cidade. Por conta do desaparecimento do cavalariano Paulo Afonso Dorneles Pinto, desde terça-feira, a centelha da Chama Crioula chegou por volta das 8h45min em um carro dos Bombeiros, ao invés de ser conduzida pelos Cavaleiros da Integração, como acontecia há 17 anos.
Além disso, todos os participantes da solenidade receberam fitinhas pretas, simbolizando a tristeza pelo desaparecimento, e o discurso das autoridades foi marcado por homenagens ao tradicionalista.
- A centelha chegou aqui hoje, porque esse era o desejo do Paulo Pinto. E, embora os festejos farroupilhas desse ano estejam mais tristes, eles não podem parar. Precisamos fazer isto pelo Paulo - pediu o presidente da 5ª Região Tradicionalista (RT), sediada em Santa Cruz, Luiz Clóvis Vieira.
O fogo simbólico chegou em um candeeiro, mas a centelha original buscada em Venâncio Aires - que era conduzida pelos Cavaleiros da Integração quando Paulo Pinto caiu de uma ponte e desapareceu no Rio Pardinho - permanece com o grupo em Sinimbu. Eles prometem ficar lá, em vigília, até que o amigo seja encontrado.
Enquanto isso, o Corpo de Bombeiros, com ajuda do Grupo de Busca e Salvamento da Capital e de soldados do Exército de Santa Cruz, continuam fazendo buscas a Paulo Pinto na água e nas margens do Rio Pardinho. Nesta quinta-feira, o chapéu que o cavalariano usava foi encontrado, mas ainda não há sinais dele.
Com o tema Nossas Riquezas, a Semana Farroupilha de Santa Cruz segue até o 20 de setembro, quando será encerrada com o tradicional desfile. Nos próximos sete dias, a programação inclui rondas crioulas nos CTGs da cidade, apresentações artísticas, bailes e acampamento no Parque de Eventos.
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