Em assembleia do Cpers/Sindicato realizada na tarde desta sexta-feira, professores da rede estadual de ensino aprovaram duas mobilizações para protestar contra o acordo entre o Governo do Estado e o Ministério Público sobre o pagamento do piso nacional da categoria. No dia 10, devem ocorrer protestos simultâneos em diversas cidades do Estado, em frente a sedes do MP. No dia 14, eles devem paralisar as atividades.
Na última semana de maio, os professores devem reduzir períodos de aula e realizar novas atividades de protesto. A entidade gaúcha irá manifestar apoio às greves realizadas em outros estados brasileiros. Entre as manifestações dos professores, foi constante a comparação das propostas de Tarso Genro com o tratamento dado pela ex-governadora Yeda Crusius.
Por votação da maioria, o Cpers/Sindicato também definiu que fornecerá assessoria jurídica aos professores que quiserem acionar o Estado para que ele cumpra integralmente a lei nacional do piso do magistério. Na manhã desta sexta, o Cpers entrou com recurso contra a decisão da Justiça gaúcha que homologou um acordo entre o governo do Estado e o Ministério Público sobre a lei do piso.
Pelo acordo, o Estado complementará o salário dos educadores que recebem menos de R$ 1.451, para que ninguém ganhe abaixo do valor nacional. Porém, o cálculo de vantagens da carreira, como adicional por tempo de serviço, não sofrerá alteração - o que desagrada aos representantes da categoria. Segundo a presidente do Cpers, Rejane de Oliveira, a intenção é pressionar o governo para uma nova negociação.
- É muito importante esse enfrentamento jurídico e político que o Cpers está fazendo para anular a homologação do Ministério Público junto ao governo do Estado - afirma.
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