Uma figueira quase centenária não resistiu à chuva do último sábado e desabou, partindo-se em três pedaços, no bairro Lami, na zona sul de Porto Alegre. Um dos galhos chegou a atingir fios da rede elétrica e de telefonia, mas o que deixou os moradores das proximidades mais intrigados foi a queda repentina e a forma impressionante que a copa da árvore tomou depois de ser destroçada pelo temporal.
- Não entendemos até agora como aconteceu. Parece que foi arrancada, mas não havia vento forte, apenas chuva intensa no momento da queda - relatou o administrador Armando Rosa, 46 anos.
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O técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente (Smam) Flávio Oliveira explica que o tronco da figueira era ramificado em três partes iguais. Durante a chuva, os três galhos se partiram e a copa da árvore, projetada em aproximadamente 12 metros de diâmetro, espalhou-se pelo chão.
- Foi possível observar que a figueira não apresentava externamente qualquer necrose, ou seja, não havia risco de queda iminente - destaca o técnico da Smam.
Morador da propriedade em que ficava a figueira, Rosa também afirma que nunca percebeu qualquer tipo de risco relacionado à árvore:
- Acredito que os galhos não tenham aguentado a força da água, durante a chuvarada - afirma.
Depois da queda, a Smam realizou vistoria na segunda-feira e retirou os galhos caídos sobre o passeio público nesta terça. O tronco da árvore foi mantido, mas não representa perigo para pedestres ou para residências próximas.
Sombra para três gerações
Mais do que embelezar a propriedade, a figueira quase centenária fazia parte da história dos Rosa. Desde que Admar Martins da Rosa, 81 anos, pai de Armando, mudou-se para o bairro, na década de 1960, a árvore era cenário para os encontros de família. Era costume tomar chimarrão no local, fazer refeições nos fins de semana e apreciar os bugios que, às vezes, apareciam ali.
- Foram três gerações que conviveram à sombra da figueira. Agora o nosso local de recreio vai ficar apenas na memória - lamenta o administrador.
Serviço
Para solicitar vistoria de árvores em áreas particulares, moradores da Capital devem encaminhar um requerimento junto ao Protocolo Central da prefeitura (rua Sete de Setembro, 1.123). E, nestes casos, a responsabilidade da execução dos serviços autorizados é do requerente.
Solicitações de serviços na arborização das vias e logradouros públicos devem ser feitas pelo telefone 156 ou por meio do site da Smam.
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