No Jardim Botânico de Porto Alegre, um novo cenário deve instigar a curiosidade dos visitantes em meio a 41 hectares com 3 mil exemplares de plantas. Trata-se do sítio arqueológico para apresentar a descoberta do fóssil de uma sereia. O responsável pela exploração é o artista Walmor Corrêa, que contou com a ajuda de biólogos, médicos e veterinários para dar sustentação científica à sua obra no projeto Artemosfera.
Walmor teve como referências lendas antigas, consideradas por ele inverdades que a história mostrou ao longo dos tempos aos brasileiros. Baseando-se em pesquisa, o artista desenvolveu a fisiologia e a anatomia de alguns seres da mitologia durante a carreira.
Agora, no Jardim Botânico, ele expõe ao público o fóssil de uma sereia em um cenário reproduzido exatamente como se a descoberta fosse verídica. No local, os visitantes contemplam o fóssil em cima de uma ponte e podem obter mais informações em uma placa explicativa.
- Há relatos dos anchietas falando sobre seres mitológicos. Depois de ter conhecimento dessas informações e uma viagem à Amazônia, resolvi comprovar a existência dos personagens, inclusive com um atlas de anatomia. Nele, mostro como seriam os órgãos de uma sereia. A partir disso, surgiu a ideia de um sítio arqueológico. - explica Walmor
O artista, que é fascinado por anatomia desde os tempos da escola, acredita que a reação do público em relação à sua obra no Artemosfera será inesperada. Para os próximos dias, ele pretende reunir professores de institutos de artes para fotografar o fóssil, que construiu com pó de mármore e resina.