Marcelo Gonzatto
A voz de comando nos lares gaúchos vem mudando de tom rapidamente. Em uma década, a proporção de domicílios sob a chefia de mulheres no Estado deixou de ser raridade e cresceu 58% - somando quatro em cada 10 residências.
Porto Alegre, linha de frente da marcha feminina, tornou-se a primeira capital do país a praticamente igualar os índices de ambos os sexos como líderes domésticos.
Conforme dados do Censo 2010 divulgados na quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), perfis como o da professora universitária e moradora da Capital Márcia Del Corona, 45 anos, marcam a revolução feminina nos lares gaúchos. Em dois casamentos, ela assumiu o papel de provedora, além de dar a última palavra em decisões como a compra de um novo imóvel.
- Sempre tomei decisões, arquei com despesas, organizei a casa, escolhi onde morar - exemplifica.
Em 2000, apenas 25% das casas visitadas pelos pesquisadores se encontravam sob responsabilidade de mulheres. Elas eram apresentadas como a referência na casa, por razões que podem variar entre o custeio da maior parte das despesas familiares, a tarefa de comandar e organizar a casa ou um maior peso na tomada de decisões do dia a dia. No mais recente censo, o índice pulou para 39% - um ponto percentual acima da média nacional.
- É inegável que a presença no mercado de trabalho vem sendo fundamental para isso - avalia o supervisor de informações do IBGE no Estado, Ademir Koucher.
>>> Leia a reportagem completa na Zero Hora desta quinta-feira