Um dos casos mais polêmicos dos 259 anos de história da Câmara de Rio Grande poderá ter seu capítulo final nesta terça-feira. Às 15h, 12 dos 13 parlamentares do município começam a decidir se o vereador Carlos Fialho Mattos, o Patola (PPS), perderá ou não o mandato por ter sido pego dirigindo embriagado, em abril deste ano, na ERS-734, estrada que liga o centro de Rio Grande ao balneário Cassino.
Na ocasião, o vereador foi flagrado pela Polícia Rodoviária Estadual dirigindo uma Saveiro preta, com excesso de passageiros no veículo e sem a placa dianteira do automóvel.
Consultor jurídico da Câmara, o advogado Júlio Rodrigues explica que para a perda do mandato de Patola é necessária a maioria absoluta. Como 12 vereadores estão aptos a opinar - por ser acusado, Patola não participa -, são necessários sete votos.
- O fato é inédito. Não houve ainda na Câmara de Vereadores perda de mandato por quebra de decoro. Houve apenas a extinção do mandato do vereador Delamar Mirapalheta (também neste ano), mas por parte da mesa diretora - afirmou Rodrigues.
Apreensivo com a possível perda do mandato, Patola questionou na sessão desta terça-feira se realmente houve a quebra de decoro.
- O meu problema eu vou responder na Justiça. Se for assim, tem que cassar também Aécio Neves, Romário e Índio da Costa (políticos que passaram recentemente por problemas semelhantes). O que está acontecendo aqui é uma ação política e pessoal - defendeu-se.
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